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quarta-feira, 7 de março de 2012

Número de transplantes de órgãos aumenta em hospitais do Estado do Rio


O número de doadores para transplantes de órgãos e tecidos no Estado Rio de Janeiro chegou a 40 nos dois primeiros meses deste ano. O volume é três vezes maior do que o contabilizado em todo o primeiro trimestre de 2011. Ainda assim, o estado ocupa a sexta colocação no ranking nacional de doadores, liderado por Santa Catarina e São Paulo. Cada doador permite, em média, o transplante de três órgãos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (05/03) pela Secretaria Estadual de Saúde, que apresentou um balanço dos dois anos de funcionamento Programa Estadual de Transplante (PET).

De acordo com o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, a expectativa para este ano é que sejam alcançados 220 doadores de órgãos, como rim, pâncreas e coração. No ano passado, foram feitos 121 transplantes.

Nas regiões Norte e Noroeste do Estado, cerca de 300 pessoas aguardam na fila por um transplante de rim. A maioria adultos, mas também existem crianças e adolescentes na lista. Todos são cadastrados em uma Central Estadual.

De acordo com o presidente do NF Transplante, Luiz Eduardo Castro, muitas pessoas ainda ficam receosas sobre o assunto.

“Para alguns é difícil aceitar a doação por diversas razões, uma delas é não acreditar na morte encefálica do paciente e achar que ele ainda tem chances de voltar a viver”, disse.

Segundo Crespo vários órgãos podem ser transplantados como o coração, pele, medula óssea, osso, fígado, rim, pâncreas e até intestino.

“Os órgãos podem ser retirados de pessoas que tiveram morte encefálica, ou quando há comprovação de morte orgânica, mas neste caso só a córnea e o osso podem ser retirados algumas horas depois da parada cardíaca”, explica.

O presidente também explicou que existem critérios de seleção para que um paciente entre na fila do transplantem e que a prioridade para receber o órgão é feita através de uma avaliação dos médicos que passam o parecer para a central. Desde o final da década de 90 mais de 100 pessoas das regiões Norte e Noroeste do Estado já passaram por transplantes.

“Depois que passa pela cirurgia o paciente precisa de acompanhamento médico para o resto da vida, para evitar que haja reação ao órgão. Ele também toma medicamento para evitar que isso aconteça”, informa.

Crespo aconselha que as pessoas que tenham um parente em casa que precisa de transplante conversar com os médicos que o atendem. Existe o transplante inter vivo, onde o paciente recebe órgão de uma pessoa compatível, neste caso pode ser feito transplante de rim e parte do fígado.

“Também é importante discutir esse assunto em casa. Quem deseja ser um doador deve informar a família e nunca esquecer que ninguém esta livre de um dia passar por essa situação”, finaliza.

MELHORIAS NO SERVIÇO
De acordo com o levantamento, em 2010, quando o Programa Estadual de Transplante (PET) foi criado, o estado do Rio tinha uma média de 4,4 doadores em cada grupo de 1 milhão de habitantes, contra 8,7 da média nacional. Dois anos depois, a média estadual passou para 13,9 doadores por milhão, acima do patamar médio nacional, atualmente em 11 doadores por 1 milhão de habitantes.

Segundo o secretário, avanços tecnológicos, melhoria nas condições técnicas e capacitação das equipes permitiram elevar o número de doadores. Para ele, no entanto, o desafio da rede estadual agora é aumentar o número de hospitais que realizam esses transplantes.

“O número de doadores melhorou bastante e embora ainda esteja longe do que queremos para um estado com 16 milhões de habitantes, essa primeira fase foi vencida. Agora precisamos aumentar o número de centros transplantadores, o nosso maior desafio neste momento é onde realizar os transplantes”, disse.

O secretário informou que para atender a essa oferta crescente, o Instituto do Coração Aloysio de Castro, no Humaitá, zona sul do Rio, será habilitado para realizar transplantes de coração, rim e pâncreas. Além disso, o Ministério da Saúde deve anunciar até o fim do mês, uma unidade hospitalar da rede federal no Rio que será estadualizada e transformada em Hospital Estadual de Transplante. O estabelecimento concentrará a maior parte desse tipo de cirurgia no Rio. A nova instituição deverá entrar em funcionamento até o fim de dezembro deste ano.

“O Instituto Estadual de Cardiologia vai funcionar como um projeto piloto para o Hospital Estadual de Transplante, onde as equipes já estarão sendo capacitadas e treinadas para atuar com um volume maior de transplante”, informou.

O secretário acrescentou que atualmente a unidade onde há mais doações de órgãos no estado é o Hospital Getúlio Vargas, seguido do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e do Hospital Municipal Miguel Couto. Também são realizados transplantes em alguns hospitais privados, por meio de parcerias com a Secretaria Estadual de Saúde.

Côrtes informou, no entanto, que há equipes exclusivas para o processo de captação, diferente do que ocorria antes da criação do PET, há dois anos, quando os profissionais que captação dos órgãos eram os mesmos que realizavam os transplantes.



fonte: Site Ururau

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